A passagem de uma condição para a outra é tão imprevisível que é preferível não se preocupar. Afinal qualquer descuido, erro ou falta de sorte pode ceifar uma existência. Ainda tenho medo da frase em si pelo cenário que foi pintado pela minha mãe... todos os elementos nos levam a sentir algo ruim em relação ao lugar. Escuro, solitário, desconhecido... o convite aparece como uma forma de desfecho horripilante para o momento. Mas morrer realmente é o ponto final? Porque encarar esse convite acima de forma negativa? Será que um conto que assombra uma criança deve continuar a atormentar um adulto?
Hoje em dia tento encarar o ocorrido com outros olhos, penso que eles que lá estão devem estar muito melhor que nós. Sem preocupações básicas de sobrevivência, não correndo riscos, nada sofrem com sentimentos mesquinhos ou mesmo com os nobres como o amor. Visualizo um convite amigável tal qual a ambientação da "A Noiva-Cadáver", onde o mundo dos mortos é bem melhor que o dos vivos. Um bom devaneio para as horas vagas.
Vivendo ou morrendo, o que nos faz únicos é o que foi feito enquanto existimos...
Confesso que a sua intelectualidade ainda me assusta...
ResponderExcluirE essa história do cemitério eu ainda não co nhecia, mas foi impossível de não lembrar da MARLI kkkkkkkkkkkk